Campeonato Mineiro 2015
Começa no próximo domingo, mais uma edição do campeonato Mineiro. Anteriormente importantíssimos, os estaduais vem perdendo em relevância; mas sem dúvida, são parte fundamental da rica história de nosso futebol. Traçamos a seguir, em conjunto com o jornalista Alexandre Silva, amigo e parceiro de Divinópolis, o panorama de 9 das 12 equipes participantes. Os clubes do interior travam briga particular, teoricamente por uma vaga nas semifinais e principalmente por 2 vagas na Serie D. Sobre América, Atlético e Cruzeiro, com grande exposição e investimento, é desnecessário falar. Sem querer ser donos da verdade, visto que a imprevisibilidade confere grande emoção ao futebol, tomamos a liberdadede de externar nossas impressões sobre as equipes.
Alexandre Silva é torcedor do Bugre divinopolitamo e pode ser seguido no twitter - @AlexandreSilva8 ou no blog www.AlexandreSilva8.com.br.
Quem quiser nos acompanhar no twitter, é só procurar @ManulaMG.
Boa EC
A equipe Boveta se consolidou na Serie B e se firmou em Varginha. Tradicionalmente vem forte no mineiro. Trouxe de volta o técnico Ney da Matta (o mesmo de 2014). Conta com zagueiro Thiago Carvalho (ex-Cruzeiro) e atacante Wallisson Pikachu (ex-Funorte).
Manula
- O cara: Marinho Donizete (ex-Ipatinga). É o lider dentro de campo.
- Olho em: Danielzinho, 20 anos, emprestado pelo Atlético
- Quem pode entregar: os goleiros. Foram o ponto fraco do Boa em 2013.
- Palpitômetro: Briga para chegar entre os 4.
Alexandre:
- O cara: Marinho Donizete.
- Olho em: Danielzinho. Destaque da base do Atlético terá sua primeira experiencia no profissional.
- Quem pode entregar: A “animação” da torcida de Varginha. O Melão é praticamente um campo neutro.
- Palpitômetro: Usa o Mineiro sempre como laboratório, mas a experiência do time o credencia a brigar pela semifinal.
"Danielzinho": Promessa da base atleticana terá a chance de pegar experiência no Mineiro |
Caldense
No papel é o time mais forte do interior mineiro em 2015. A Veterana promete ser uma das boas surpresas do campeonato. O técnico é Leo Condé, que já comandou o clube em 2013. Trouxe goleiro Rodrigo (ex-Tupi) e tem boas opções no ataque com Luiz Eduardo, Zambi (ex-ABC) e Thiago Azulão (ex-Villa Nova).
Manula:
- O cara: Ewerton Maradona. O veterano armador será o cérebro do time.
- Olho em: Cristiano Manchado. Atacante revelado no atlético, volta do futebol iraquiano. Tem faro de gol.
- Quem pode entregar: as costas dos laterais Marcelinho e Rafel estevam, que vão bem ao ataque, mas deixam espaços na defesa.
- Palpitômetro: Veterana briga em cima. Se não chegar ás semifinais, deve levar no mínimo, uma vaga pra serie D.
Ewerton Maradona: O apelido não é em vão Foto: Marcello Carvalho |
Alexandre:
- O cara: Ewerton Maradona é o típico “10”. Se não for bem marcado é sempre decisivo
- Olho em: Rodriguinho, volante de 22 anos que estava no futebol carioca
- Palpitômetro: Briga pelas semifinais. Presença (dentro de campo) quase certa na Série D.
O excelente goleiro Rodrigo, campeão da Série D pelo Tupi é o dono da meta da Caldense |
Democrata
A Pantera valadarense volta depois de 2 anos no módulo II. O técnico é Gilmar Estevam, ex-atleta e ídolo do clube nos anos 80-90. Apostando na experiência o Democrata trouxe goleiro Fabio Noronha (ex-América TO) e Luciano Mourão (ex-Valério). Pantera Cor de Raça é das torcidas mais animadas do interior.
Manula:
- O cara: Osvaldir. Lateral fez boa série C no Madureira e deve ser a valvula de escape do time. Bom batedor de faltas.
- Olho em: Kaio Wilker, emprestado pelo América. Tenta retomar a boa forma, após seguidas lesões.
- Quem pode entregar: falta de opções no ataque. Só o experiente Amilton e João Paulo (ex-Mixto) mantem bom nível técnico.
- Palpitômetro: Pantera é incógnita. Embora brigue por vaga na série D, principal objetivo do time deve ser mesmo evitar volta ao modulo II.
Osvaldir: Disputou a última Série C pelo Madureira e volta ao futebol mineiro |
Alexandre:
- O cara: Fábio Noronha. A experiência do goleiro pode ser primordial em jogos decisivos.
- Olho em: João Paulo. O atacante que veio de Mato Grosso é o típico centroavante “fede a gol”.
- Quem pode entregar: A pressão da torcida que cansou dos rebaixamentos recentes.
- Palpitômetro: Coadjuvante. Briga contra o rebaixamento.
Gilmar Estevam tem a missão de manter a Pantera na Elite |
Guarani
Depois de escapar miraculosamente do descenso em 2013-14, o Bugre vem mais forte esse ano. Trouxe o técnico Gian Rodrigues, que fez boa campanha no clube em 2012. Aposta na experiência de Fabio Jr (37 anos, ex América, Atlético e Cruzeiro) e Leandro Ferreira (33 anos, ex América). Goleiro George (ex Madureira) e Rafael Jataí (ex Atlético) estão no grupo.
Manula:
- O cara: Michel Cury. Armador tecnico e cerebral centralizará as jogadas do Bugre.
- Olho em: Carlos Renato, 21 anos. Emprestado pelo América, é lateral extremamente ofensivo.
- Quem pode entregar: a falta de sintonia do torcedor divinopolitano com o time. Muitas vezes, o Farião vira um campo neutro.
- Palpitômetro: Acostumado a lutar contra o descenso, dessa vez o Bugre mira uma das vagas na série D.
Gian levou o Bugre a Série D em 2012. Tem a mesma responsabilidade em 2015 |
Alexandre:
- O cara: Gian Rodrigues. Com um grupo semelhante em 2012, Gian levou o Guarani a Série D, vencendo o Cruzeiro e goleando o América fora de casa.
- Olho em: Iago, lateral esquerdo muito técnico e habilidoso. Tem a oportunidade de se firmar. Djalminha: meia muito habilidoso. Promete surpresas no Mineiro.
- Quem pode entregar: Ninguém. Se o Guarani perder a culpa é do juiz.
- Palpitômetro: Briga pelo título... quer dizer, pela segunda vaga na Série D.
Iago foi titular na fraca campanha de 2014. Com um time experiente em 2015 promete aparecer mais |
Mamoré
O Sapo de Patos de Minas volta á elite após 9 anos. Contratou o ótimo Alexandre Barroso, que além de técnico, é talvez o único manager do interior mineiro. A defesa tem os experientes Rodrigo Dias e Marco Tiago (ambos ex-Atlético) e Evaldo (ex Gremio). Volantes Maxsuel (ex-Caldense) e Cacado (ex-América) formam boa dupla. E conta com um dos melhores estádios do interior de Minas, o novíssimo Bernardo Rubinger.
Manula:
- O cara: Alan Bahia. Experiente, ex-Atlético-PR, dá consistência ao meio campo.
- Olho em: Bruninho. Armador talentoso, não repetiu no Cruzeiro e Flamengo, o bom futebol do Bahia de Feira de Santana.
- Quem pode entregar: Clima ruim causado pela dispensa de Dija Baiano, após envolvimento em ocorrência policial.
- Palpitômetro: Sapo volta mirando uma das vagas na série D. Mas é bom se preocupar em garantir a permanência no Módulo I em 2016.
Esquerdinha, a "eterna promessa" patense. Esse ano vai? |
Alexandre:
- O cara: Maxsuel. Um dos volantes mais rodados do futebol mineiro, está se transformando no novo Samis. A experiência ajuda bastante.
- Olho em: Esquerdinha, meia 22 anos. Tido como grande revelação do clube desde 2012, tem pela primeira vez a oportunidade na elite. Pode ser a hora.
- Quem pode entregar: A alta expectativa e cobrança da torcida de Patos pode causar certo desconforto caso as primeiras rodadas não sejam favoráveis.
- Palpitômetro: Briga pela segunda vaga na Série D.
O belíssimo estádio Bernardo Rubinger é um dos trunfos do Mamoré |
Tombense
Campeão Brasileiro da Série D, Tombense disputa seu 3º mineiro seguido. Clube parceiro do empresário Eduardo Uram, sempre monta boas equipes. Goleiro Darley (ex-Atletico), zagueiro Heitor (ex-Villa Nova) e meia Coutinho (ex-Vasco) estão em Tombos.
Manula:
- O cara: Joilson. Jogador experiente é há vários anos o pilar mais forte do time.
- Olho em: Estádio Almeidão. Além do bom gramado, fica no próprio estádio, a muito bem montada concentração dos atletas.
- Quem pode entregar: o técnico Junior Lopes. Filho do delegado Antonio Lopes, não tem nenhuma experiência no futebol mineiro. Aposta arriscada.
- Palpitômetro: Pode até brigar pela semifinal; mas deve mesmo ser coadjuvane, fazendo campeonato correto e sem sustos.
Joílson: o "dono" do Tombense |
Alexandre:
- O cara: Joilson. O “dono” do time.
- Olho em: Luiz Fernando: meia muito técnico integrou a Seleção do Mineiro em 2011 jogando pelo Guarani. Rodou por Villa Nova, Figueirense e futebol árabe.
- Quem pode entregar: A falta de experiência do “professor” Junior Lopes.
- Palpitômetro: Deve usar o Mineiro como um laboratório pra Série C. Mas pode brigar pela semifinal.
A qualidade de Luiz Fernando pode fazer a diferença |
Tupi
Único clube comandado por uma mulher, a correta presidente Miryan Fortuna. Galo Carijó por muito pouco não subiu para Série B do Brasileirão, mas perdeu peças importantes (Rodrigo, Marcelinho, Wesley Ladeira e Everton Maradona). Volta o técnico Felipe Surian, que dirigiu o time em 2012. Ficam zagueiro Fabricio Soares (ex-América), volante Genalvo (ex-Atlético). Entre as caras novas, zagueiro Maílson (ex-Tombense) e atacantes Luizinho (ex-Caldense) e Daniel Morais (ex-Uberlandia).
Manula:
- O cara: Ademilson. Veterano atacante ainda é referência do time. Ídolo máximo da história do Tupi.
- Olho em: Hugo Sanches. Revelação da base do Cruzeiro é boa promessa.
- Quem pode entregar: a crise financeira. Sem o ex-diretor Albertinho Simão, Tupi terá que se virar com baixo orçamento.
- Palpitômetro: vai ter muitas dificuldades pra entrosar as varias peças novas. Dessa vez o Galo Carijó briga embaixo.
Sem Hgamenon e Pael, Ademílson é o último representante das LENDAS do Futebol Mineiro |
Alexandre:
- O cara: Ademílson é hors-concours. Está no nível Hgamenon e Pael de "Mito do Interior". Por isso vou de Genalvo. O volante revelado no Atlético é ídolo da torcida Carijó e o pitbull do meio campo.
- Olho em: Ulisses, meia habilidoso formado no América
- Quem pode entregar: A falta de entrosamento da equipe, totalmente desmontada após a Série C. E apostar em Daniel Morais como comandante do ataque em 2015 é complicado...
- Palpitômetro: Coadjuvante. Briga contra o rebaixamento.
Daniel Morais: lembra dele? |
URT
Salvo por pouco do rebaixamento em 2014, o Trovão Azul viu o titulo do Módulo II do rival Mamoré. Com poucos investimentos, time aposta em jogadores pouco conhecidos. Maiores destaques são volantes Diogo Marzagão e Dudu Pitbull (ex-América). O técnico é o paulista Vilson Taddei. Usa bem o mando de campo no Zama Maciel.
Manula:
- O cara: Goleiro Giuliano. Ex-base do Atlético, fez ótimo mineiro em 2014.
- Olho em: Bruno Formigoni: formado na base do SP, é jogador mais técnico do time.
- Quem pode entregar: quase todos. Limitação técnica do elenco será o grande adversário.
- Palpitômetro: candidatíssimo ao rebaixamento, só um milagre mantém o clube no modulo I em 2016.
Dudu Pitbull: Não vai sobrar minhoca em Patos de Minas |
Alexandre:
- O cara: Dudu Pitbull. Os meias e atacantes dos outros times que preparem as caneleiras...
- Olho em: Robson, atacante de 21 anos pode surpreender no Mineiro.
- Quem pode entregar: Vilson Taddei. Treinador sem experiência nas “canchas” mineiras.
- Palpitômetro: Briga contra o rebaixamento.
Vilson Taddei comanda a URT |
Villa Nova
Segundo clube mais antigo do estado, o glorioso Leão do Bonfim já viveu dias melhores. Passando por momento de transição politica, Villa apostou em jogadores pouco conhecidos. Destaque para os pratas da casa Thiago Braga, Marcelo Rosa e João Paulo. Entre as novidades, Gabriel davis (ex-Uberaba) e Diego Serelepe (ex-CRB) são os destaques. Tem o mando de campo mais temido do estado. Dificilmente é batido jogando no Alçapão do Bonfim.
Manula:
- O cara: o técnico Wellington Fajardo. Voltando ao clube após boa passagem em 2012, é a maior esperança de ajuste no limitado time do Villa.
- Olho em: Paulinho. Cria do clube, tem só 18 anos.É pavio curto e acumula expulsões e confusões na base. Mas joga muita bola.
- Quem pode entregar: a alta expectativa da torcida Pele vermelha. Em Nova Lima, o Villa ainda é tido como um grande clube. mas os tempos são outros.
- Palpitômetro: será um ano dificílimo. Pode sonhar com vaga na serie D, mas não for rebaixado, já terá cumprido seu papel.
Diego Clementino: da base do Cruzeiro para 250 times até parar no Villa |
Alexandre:
- O cara: Wellington Fajardo. O excelente treinador é o nome pra tentar contornar a crise fora das quatro linhas.
- Olho em: Michel Elói, volante marcador e que vem numa crescente. Fez parte do elenco Campeão Brasileiro da Série B do Joinville.
- Quem pode entregar: A crise financeira fora de campo pode comprometer a tranquilidade dos jogadores.
- Palpitômetro: Coadjuvante. Briga contra o rebaixamento.
Michel Elói: o bom volante revelado pelo Bugre pode ser a surpresa no elenco do Villa |